sábado, 18 de março de 2017

Os Afetos na Aprendizagem


Uma das necessidades básicas do ser humano é ser amado. Os sujeitos querem ser reconhecidos uns pelos outros. Reconhecer o outro, valorizar suas iniciativas e conhecimentos contribuirá no processo de ensino e de aprendizagem. Porém, pode ser observado que, não podemos afirmar se por negligência ou falha na formação, os professores preocupam-se com seus conhecimentos e habilidades didático-pedagógicas e esquecem-se da importância da afetividade. Proporcionar condições para que o professor considere seus alunos em toda sua complexidade como pessoa, despertará interesse, comprometimento e engajamento por parte de seus alunos.
Em uma sociedade na qual as informações estão disponíveis a todos e a uma velocidade muito rápida, as pessoas estão apressadas e dificultam a formação de vínculos por onde passam. Contudo, possuímos necessidades básicas e necessidades de pertencimento, amizade, amor, de estima, respeito, que podem ser exploradas pelos agentes da educação. Proporcionar uma aprendizagem para a vida pode propiciar um conhecimento duradouro e eficaz. O professor que de fato se preocupa com o crescimento como pessoa de seus alunos, fará da aprendizagem um processo prazeroso e inesquecível, e poderá contribuir para o desenvolvimento de homens e mulheres melhores. Preparar os professores para que em seu trabalho sejam levados em consideração, o conhecimento dos alunos, suas questões afetivo-emocionais, suas habilidades e suas atitudes e valores, pode proporcionar um melhor sistema educacional e de ensino.
Atualmente tem se discutido sobre a perda da autoridade de professores em sala aula, sobre evasão escolar, sobre conflitos e até mesmo crimes em sala de aula. Pesquisas demonstram que boa parte dos professores são afastados por transtornos como a depressão, síndrome de Burnout, ansiedade, síndrome do pânico. Sem considerar a questão poética envolvida, o amor, a empatia, a atenção, a compreensão, o carinho, contribuem para o melhor desenvolvimento das relações humanas. Assim, dotar nossos professores desta afetividade, pode prevenir conflitos, crimes, evasão, doenças e transtornos e ainda facilitar o ensino e a aprendizagem.
A falta de compreensão das individualidades, de amor e de carinho, a falta de empatia, de respeito constituem-se impedimentos da aprendizagem. Ratificar a importância das relações afetivas na relação professor-aluno e possibilitar este conhecimento durante a formação docente, trará contribuições para a compreensão do processo ensino-aprendizagem e oferecerá possibilidades para tornar o caminho da educação, mais suave.

Marcos Messias da Silva Justiniano
Palestrante/Docente/Psicólogo
(11) 98433-1067


domingo, 12 de março de 2017

Quais são os seus Pensamentos?

Suponhamos que você já sofreu algumas decepções amorosas na vida. Em uma oportunidade conhece uma pessoa muito interessante e marca um encontro às 19:00 horas em uma cafeteria. No dia marcado você chega às 18:45 horas e passa a aguardar a pessoa conforme o combinado. 19:05 horas e ninguém chega; 19:10 nada; 19:30 e a pessoa não chega; 19:50 e você continuava aguardando, mas diante da longa espera, desiste e vai embora. Quais são seus pensamentos?
Em uma outra situação, você está caminhando pela calçada e observa vindo ao seu encontro um colega do seu trabalho. Na empresa vocês conversam e se cumprimentam normalmente. Você tem certeza de que ele te viu. Continuam caminhando. Quando se cruzam, você faz menção de cumprimentá-lo, mas ele olha para o outro lado e passa direto sem te cumprimentar. Quais são seus pensamentos?
As duas situações acima, são exemplos de eventos que ocorrem em nossa vida. Em nosso dia-a-dia, vivenciamos várias situações, e em todo tempo estamos tendo pensamentos a respeito daquilo que vivemos. Muitos destes eventos podem despertar o que chamamos de pensamentos automáticos disfuncionais. São chamados de automáticos porque surgem em nossa mente de forma rápida e espontânea, e de disfuncionais porque nem sempre são válidos e condizem com a realidade.
Os pensamentos automáticos disfuncionais, podem nos paralisar, nos impedir de conquistar, podem ser obstáculos em nossa vida profissional, social, familiar e ainda causarem o rompimento de relações conjugais e de amizade. São responsáveis por adoecimentos e sofrimentos. Mas como eles surgem?
Estão ligados à nossa forma de perceber o mundo, nossa história de vida, vivências e aprendizados. Palavras que ouvimos, exemplos que aprendemos, situações traumáticas, formaram um conjunto de crenças nucleares que são inconscientes e dão origem aos pensamentos automáticos disfuncionais. A maioria das pessoas não se dão conta de seus pensamentos e sim de suas emoções. Sabem, que algo as deixou tristes, deprimidas, frustradas, decepcionadas, com medo, mas tem dificuldade em identificar os pensamentos que antecederam estas emoções.
Os eventos, vão desencadear pensamentos automáticos disfuncionais, que por sua vez vão suscitar emoções e por fim, comportamentos. Diante de uma situação podemos ter pensamentos automáticos que nos trarão emoções negativas e comportamentos indesejáveis ou inadequados.
Na primeira situação dada como exemplo, ao ficar esperando uma pessoa em um encontro marcado, dependendo de suas crenças nucleares, você pode ter os seguintes pensamentos: “Nunca dou certo com ninguém!”; “Tenho o dedo podre!”; “Sabia que isso ia acontecer!”; “Sou muito feio, ninguém gosta de mim!”. Esses pensamentos são automáticos disfuncionais. Quais são as evidências reais destes pensamentos? Você não sabe o que aconteceu com a pessoa que não foi ao encontro! Ela pode ter sofrido um acidente e não ter conseguido te avisar da impossibilidade de te ver. Poderia ter sido assaltada. Pode ter perdido a hora ou mesmo esquecido do encontro. Ou qualquer outra eventualidade, porém, nenhuma destas valida seus pensamentos automáticos, que te farão ficar triste, deprimido, amargurado, decepcionado e não mais converse com aquela pessoa, nem mesmo para perguntar o que aconteceu. E talvez até faça com que você não queira mais marcar outro encontro com ninguém!
No segundo exemplo, você pode pensar: “Ele desfez de mim!”; “Ninguém se interessa por mim!”; “O que eu fiz pra ele?!”; “Só conversa comigo na empresa porque é obrigado!”. Da mesma forma, você não tem evidências que validem esses pensamentos. Talvez a pessoa não te olhou, porque estava muito preocupada com o pai que acabou de ser internado e você com pensamentos que te farão ficar com raiva ou tristeza. No outro dia na empresa, provavelmente não converse com a pessoa ou nem olhe para ela.
Na maioria das vezes não nos damos conta de nossos pensamentos automáticos. Da próxima vez em que você for tomado por uma súbita tristeza, uma crise de ansiedade, raiva ou medo, procure identificar quais foram os pensamentos automáticos que tomaram sua mente. Identifique, questione e valide esses pensamentos. Busque as evidências do quanto esses pensamentos são verdadeiros. Verá que muitas vezes estava enganado. E assim, vai lidar com suas emoções de forma mais saudável e apresentará comportamentos mais adequados.
Quais são seus pensamentos?!

Marcos Messias da Silva Justiniano
Palestrante/Docente/Psicólogo

(11) 98433-1067

quarta-feira, 1 de março de 2017

Vencendo as Barreiras!

Muitos são os obstáculos e barreiras que se colocam a nossa frente nas mais variadas circunstâncias de nossa vida. Enfrentamos problemas no casamento, na família, nos estudos, no trabalho e muitas vezes essas dificuldades tornam-se barreiras quase que intransponíveis. Às vezes nos sentimos impotentes e pequenos diante de alguns obstáculos!
Porque alguns obstáculos se tornam tão grandes e parecem ser invencíveis? Ao acordar pela manhã, um dos primeiros pensamentos é aquela barreira que está me distanciando da pessoa que amo ou o obstáculo que está me impedindo de ser bem-sucedido no meu trabalho. O que fazer diante desses gigantes que nos impedem de alcançar sucesso, amor e paz?
Como você tem enxergado os obstáculos em sua vida? Está vencendo as barreiras? Ou tem permanecido parado diante delas?
Bom, vamos lá e comecemos a entender como vencer as barreiras que ficam tão grandes e às vezes até nos causam medo.
Nossa mente tem a capacidade de selecionar informações importantes e ignorar aquelas que nos parecem mais irrelevantes. É o que chamamos de atenção seletiva! Somos bombardeados por uma infinidade de estímulos o tempo todo. Ao mesmo tempo, sons que vem da outra sala, da rua, buzinas, vozes, músicas, se misturam com cheiros, sensações, a pressão das roupas em nosso corpo, da meia, do relógio, e nós não prestamos atenção em todos eles, pois nossa mente seleciona o que devemos prestar atenção naquele momento. Pare de fazer o que está fazendo neste exato momento e observe a quantidade de estímulos que você tem a sua volta e não se dava conta! De acordo com nossa necessidade ou interesse, selecionamos o que vamos prestar atenção.
Você já teve a experiência de pensar em comprar um carro, pensou no modelo e até mesmo na cor, pois há poucos carros deste modelo e cor rodando por ai? No outro dia, quando sai na rua, qual o carro que você mais vê? A explicação é simples, antes de sua mente selecionar aquele carro, você não via aquele modelo, a partir do momento em que deu significação àquele veículo sua mente o selecionou e você passou a vê-lo!
Da mesma forma acontece com as pessoas que nos cercam. Quando você inconscientemente seleciona os defeitos das pessoas, passa a enxergar somente seus defeitos e terá dificuldades para ver suas qualidades. E isso acontece com nosso trabalho, com nossa esposa ou esposo, com nossa família e em todas nossas atividades. De certa forma nós damos significação àquilo que não vai agregar valor nenhum à nossa vida. Deixamos de lado os estímulos positivos e atentamos aos negativos.
Se você escolheu, mesmo sem perceber, olhar para os obstáculos e deu uma significação além daquela que lhe era necessária, ele pode ter se tornado grande demais. As barreiras ficaram tão grandes, rígidas e sólidas que parecem ser intransponíveis, pois sua atenção está focada nelas.
A boa notícia é de que podemos treinar nossa mente e começar a vencer as barreiras! Os obstáculos e barreiras vão continuar existindo, pois, fazem parte de nossa vida. Quantas e quantas barreiras já precisamos ultrapassar e vencer para chegar onde estamos...
Mas a partir de agora, você vai começar a selecionar em que prestar atenção. Olhe e comece a enxergar o objetivo por trás das barreiras! Veja a vitória que te aguarda após este obstáculo! Se os defeitos de uma pessoa muito de incomodam, comece a procurar e enxergar suas qualidades! As dificuldades em seu trabalho, são apenas consequências para alguém que está trabalhando e tem capacidades para superá-las com êxito e sucesso. Os problemas em seu casamento são motivos de conflitos e discussões, mas não são o motivo que o manteve ao lado de alguém que ama por tanto tempo. Portanto, observe os estímulos certos e positivos e comece a vencer as barreiras...
Como disse, trata-se de um treino... À medida que começar a praticar, sua mente vai selecionar o lado positivo das adversidades em sua vida e você passará a vencer as barreiras!

Marcos Messias da Silva Justiniano
Palestrante/Docente/Psicólogo

(11) 98433-1067

O Cara no Espelho

Quando você consegue o que quer em sua luta por dinheiro,
E o mundo o trata como Rei por um dia,
Então vá ao espelho e olhe a si mesmo,
E veja o que esse cara tem a lhe dizer.

Pois não é seu Pai, ou Mãe, ou Esposa,
Que deverão fazer um julgamento de você.
O cara cujo veredito conta mais em sua vida
É o cara fitando-o do espelho.

Ele é o amigo a satisfazer, todos os outros não importam,
Pois ele estará com você até o final de seus dias,
E você terá sido aprovado no mais perigoso, difícil dos testes,
Se o cara do espelho for seu amigo.

(...)

Você pode enganar o mundo todo através dos anos,
E receber tapinhas nas costas quando passa,
Mas sua recompensa final será de dor e lágrimas
Se você tiver enganado o cara do espelho. - 

© Dale Wimbrow, (c) 1934 Tradução por Ana Maria Serra, 2010 
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